Para quem está desanimado com relação ao desmatamento no país, alguns números chegam para dar esperanças de que algo pode ser feito na contramão deste mal que atinge vários estados do nosso Brasil.
Dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Ciência, revelam que a Amazônia registrou a menor marca de desmatamento em quatro anos, caindo pela metade em 2023 até o momento. O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, Deter, alerta que o desmatamento caiu 33,6% na região neste primeiro semestre/23. Porém, calma, muita calma nessa hora! Mesmo com esta redução o acumulado de janeiro a maio é o quarto maior desde 2008, o que significa que ainda temos muito pela frente. Neste período, a Floresta Amazônica perdeu 1,5 km² de vegetação nativa, área que se equivale à cidade de S.Paulo.
A taxa de desmatamento em florestas primárias (mata virgem) aumentou 15% entre 2021 e 2022 segundo relatório da ONG Global florest Watch.
Devemos entender que isto é um problema mundial, o desmatamento em florestas tropicais aumentou em 10% no planeta e cabe a todos nós, habitantes, trabalharmos em prol da reversão deste quadro.
Sempre preocupado também com as questões ambientais, o Vereador Professor Célio Lupparelli lembra que de acordo com o Ibama, de janeiro a junho foram bilhões de reais em multas aplicadas, um número 167% maior que o do ano passado. Mas, segundo ele, não basta aplicar multas, é preciso coibir o desmatamento de todas as formas e em todas as classes da nossa sociedade. É um trabalho árduo, mas que poderá nos render bons resultados futuros.
Se os números da Amazônia nos dão esperança, os números do desmatamento no cerrado nos decepcionam e muito. Lá, a área desmatada em um ano é o dobro das áreas das capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que juntas ocupam 3.050 Km². Sendo assim, a área derrubada no cerrado foi de 6.359 Km². Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Se por um lado o atual governo investe em repressão a este crime ambiental gravíssimo, por outro não podemos deixar de lutar pela redução do desmatamento. Nossa maior arma nesta guerra é a informação, assim, façamos uma corrente do bem repassando informações importantes a respeito do tema. Convencer um vizinho a não queimar mato à beira da rua, já pode ser um bom começo. Quem sabe essa onda alcança inúmeras consciências e consigamos reduzir estes números que muito nos envergonham.
Prof. Celio Lupparelli